sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Teste 2

  UMA SEMANA ANTES de eu deixar minha família, a Flórida e o resto da minha vidinha medíocre para ir para o internato no Alabama, minha mãe
insistiu em me dar uma festa de despedida. Dizer que eu não estava
esperando muita coisa seria subestimar o fato. Embora estivesse sendo mais
ou menos forçado a convidar todos os meus "colegas", ou seja, aquela
gentinha da aula de teatro e os geeks de Inglês com quem eu me sentava no
cavernoso refeitório da escola por necessidade social, eu sabia que eles não
iriam aparecer. Mesmo assim, minha mãe insistiu, mergulhada na ilusão de
que eu tinha mantido minha popularidade escondida dela durante todos
aqueles anos. Fez uma pequena montanha de molho de alcachofra para
acompanhar os salgadinhos. Enfeitou a sala de estar com serpentinas
verdades e amarelas, as cores da minha nova escola. Comprou duas dúzias
de lança-confetes em garrafa e os colocou ao redor da mesa de centro.
E, naquela sexta-feira decisiva, quando minhas maladas já estavam quase
prontas, ela se sentou com meu pai e comigo no sofá da sala às 16h56 e
esperou pacientemente pela chegada da Cavalaria do Adeus ao Miles. A
cavalaria consistia de apenas duas pessoas: Marie Lawson, uma loira baixinha
com óculos retangulares, e Will, seu namorado atarracado (e estou sendo
caridoso com o adjetivo).
"Oi, Miles", disse Marie ao se sentar.
"Oi", eu disse.
"Como foi seu verão?", perguntou Will.
"Mais ou menos. E o seu?"
"Foi bom. Montamos Jesus Cristo Superstar. Dei uma ajuda com os
cenários. A Marie fez as luzes", disse Will.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Postagem Teste



"Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade" (Markus Zusak - A Menina Que Roubava Livros)